segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Poema aos Sem Abrigo

Pobre Velho


Que fazes pobre velho aí sentado,
               Sentado no mesmo lugar de fronte pendida?
                                            Pensando na tua mocidade e sorris com desdém...conformado.
                           Trazes as barbas compridas e roupas mal tratadas...
                       As noites! Essas de angústia ao relento passadas
                  Como eu lamento e choro por te ver sozinho!
                       A pensar talvez n'alguém que pudesse dar a mão
                               Na família, por exemplo, para quem ganhaste o pão...
                           No teu rosto, uma lágrima teimosa corre devarinho
                             Porque essa, a família, já não se julga na obrigação!
            E tu, assim andas sangrando do coração
                És tu, eu e aquele quando se atinge a idade
                      Gente que passa, indiferente, a esta sociedade,
             Olhai, Senhor, e protege o desventurado
         Que caminha errante sem lar nem pão
               Finando-se no sofrimentosem uma mão...
                                 Mas eu queria, meu Deus! um Mundo mais amado...

Autora: Odete Simões

1 comentário:

  1. Olá Horácio!
    Por aqui passei , vi e gostei... mas fico aguardando mais posts neste período de férias.
    Um abraço
    Alcinda

    ResponderEliminar